Joel em PESSOA




"Sou daquelas almas
Que as mulheres dizem que amam,
E nunca reconhecem quando Encontram,”
Daquelas que, se elas as reconhecessem,
Mesmo assim não as reconheceriam.


Pra ser franco sinto perto uma linha que me divide
Entre o concreto e o metafísico, e uma dor extrema no peito.


“Sofro a delicadeza dos meus sentimentos,”


De alquimista e maquinista dos invernos


“Com uma atenção desdenhosa.


Como dos caracóis recolho-me e d’eles


“Tenho todas as qualidades,
Pelas quais são admirados os poeta românticos,
Mesmo aquela falta dessas qualidades, pela
Qual se é realmente poeta romântico.


Encontro-me descrito (em parte) em vários romances
Como protagonista de vários enredos;
Mas o essencial da minha vida, como da minha alma, é
Não ser nunca protagonista."


É antes ser autista quando preferiria ser artista e quiçá igual ao
Anarquista do conceito quando afinal sou grosseiro.


"O cais, a tarde, a maresia entram todos,
E entram juntos, na composição da minha angústia.
As flautas dos pastores impossíveis não são mais suaves
Que o não haver aqui flautas e isso
Lembrar-mas."


Lembrar-mas nos ermos que lasquei fascinado
Sem encontrar uma clave de Sol e os tesouros
Que valem ouros prosados e vícios fenícios.


Me levem daqui pós migrados de aves de voo
Tantas vezes replicado no sul.
Os paióis de minhas explosões são artefactos
Caseiros e artes que não detonam.
Sou sequelas d’almas com rasgado sorriso
Que se transmuta em ouriço
E parte para outro orifício , outra angústia.


Joel em PESSOA

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