Paranoia...



Sob as pimenteiras doces
Dançam velhas, soam tambores,
Crescem raízes, longas como
Cabelos e me roçam manso,
Perfuram-me, não um ramo,
Mas dez dedos espetados,
De outros tantos, Santos mortos,
Que lançam lanças certeiras,
Fogo quente e fogueiras
Neste corpo cru de dores.

Jorge Santos

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