Floresta de Sophya




Dentro , no terror  da noite, 



No raízedo d’meias coisas 
Atrás do latejo das veias
Não em redor mas d’entro
Transfiguro-me, não d’gente ,

Entro no luar , a sombra 
É ali , a minha alma alcatruzada 
Secreta , eriçada e negra
Quando  tocada nela 

E as árvores me despiram 
Os seus ramos me taparam
E da evitada floresta regresso


Dos sinais, quebrados em ecos



Que , dos silêncios todos , bebi.

Jorge Manuel Mendes dos Santos

(2010/01)

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