Sou de um tamanho que já não mais
Existe,”o desolado d’um comunista”
Em subtítulo (porque o rotulo m´falta)
E imposto p´los partidários rituais,
Nas greves, manifestações, etc,etc.
Ser apelidada de “pecadora original”,
É, d’alguma forma bastante formal,
P’ra t’soltares no látex pl’a quantia certa.
“Operárias sem trabalho” na manchete,
No suplemento, fotos em pele e osso .
No meu tamanho d’reles Pass’o-
-Tempo de cela, sô mascado c’mun’chiclete.
Mas de resto , s’é marginal não s’publica .
Se sou do grand’a tamanho, destacável
No “hemiciclo” ,tod’o crime m’é passível
D’respeito, se (made)in “diário d’república”,
E nomeado Doutor “honores causa”.
Do tamanho mediano, corro’ risco,
De ser roubado e devorado p’lo fisco,
S’alcunhei d’casa,a fossa ,”campa rasa”.
Aí (ai aí…) …fico de tal maneira desmedido,
Na vontade cruel, d’estripar os ratos
Poderosos e Senadores prostitutos,
Que nem as vossas prisões me metem medo.
Nem o vendido lacaio, jornalista.
Sou de um tamanho, que não mais
Existe, não sou (ainda) título de jornais,... (mas)
Ai, d’ político podre, que conste na lista.
Jorge Manuel Mendes Dos Santos
(2010/10)
(2010/10)
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