Sigo com
atenção todas as minhas estranhas sensações,
Algumas,
como tortura docemente aceite...
Outras, como um novo dia, sempre diferente.
Todas as
versões eu vejo de longe, mariposas gigantes
Como
gestos quedando-se nas janelas
Sem
continuação pra’lém delas.
Estou sem
forças pra desertar pra’lém d’mim,
Pra
dizer a verdade, só a opinião dos outros me faz f’liz
Por isso
imito outras profissões do universo
Das quais
não abdico se a elas tudo me prende como visco,
Como uma
ave que se balouça, mansa no caniço,
Sem ter
pr’onde migrar, por ser já demasiado tarde…
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