Permitais-me que silencie o contentamento
No rosto, se hoje me acenavam
Ainda, foi por bondade ou o oposto,
Pois sorrisos bons, nessas bocas não moram,
Deixai-me, pra que morra,
Sem saudade nem lembrança,
Porque se, a esperança ainda aqui se demora,
Vai abandonar por certo, esta minha praça,
Fico grato a quem me conheceu,
Mesmo que não tenha visto as minhas gotas
De lágrimas, como eu as sinto, caídas do céu,
Que não posso descreve-las, de tão belas…
Nunca fui hábil, na arte de amar o vizinho,
Nem noutra qualquer arte,
Deixai vir a morte, de mansinho,
Pra que também esta, não me “tome de parte”,
Permitais-me que, seja o mais triste,
Que o silêncio consente,
Porque, se viver é um “estado de graça”,
Em cada dia que passa,
Agradeço a Deus, o aval concedido,
Mas deixai-me por favor, ficar calado,
Apreciando a sorte,
De poder ser triste sendo contente…
Jorge Santos (02/2013)
"Apreciando a sorte,
ResponderEliminarDe poder ser triste sendo contente…"
Achei lindo este poema e principalmente essa frase...
Obrigada pela visita e pelo poema...