Janela de sótão
Chove sim, Nada demais,
Aqui vivo dentro de mim,
Pois aí não chove, apenas
Adoço e colho a sensação que
Ouço da janela, como uma
Súplica de quem chama
Assim por mim, sem querer
Coisa alguma, apenas chover
Certo, assim sem sossego
E sem parar,chove sim,
Nada mais que chuva, a chuva
Cai-me da mão, fria desolada
Cai no meu coração faz tempo,
Um conveniente vão abriga
Minh'alma, ind'agora lá fora
Chamava meu nome e chiava
O vento suplicando, agora
O que ouço é apenas chuva,
Dessa que adoça ao chover
A sensação de gostar tanto
De viver dentro do vão de
Sótão à janela, abrigado do
Vento que ind'agora chiava,
Chamava chamando p'lo
Meu nome e agora nada,
Ouço da janela apenas uma
Súplica lavada que clama
Assim solta, sem m'inspirar
Coisa alguma, apenas chover,
chover, chover mais nada...
Jorge santos (02/2016)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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