(Por causa das Palavras)
Por causa das palavras
Minh’alma mora só,
Numa casa de terra chã
Sem vista pra lua, vazia
Minh’alma mora só,
Numa casa de terra chã
Sem vista pra lua, vazia
Ou cheia, Ilude-me
O que vejo, escrevo paredes
E paredes em cal viva,
Minh’alma mora’í só,
O que vejo, escrevo paredes
E paredes em cal viva,
Minh’alma mora’í só,
Debruçada no meu queixo
E gestos, são palavras
De saltos-altos e passadas
Rápidas pela casa das palavras,
E gestos, são palavras
De saltos-altos e passadas
Rápidas pela casa das palavras,
Pla causa das Palavras
Minha casa é uma e uma só,
Escutai apenas o pregão,
Como um grito mudo, ouçam
Minha casa é uma e uma só,
Escutai apenas o pregão,
Como um grito mudo, ouçam
Quartos de lua e o halo que a
Circula, o postigo em que me
Debruço e sonho de tudo
Um pouco, minh’alma mora’í
Circula, o postigo em que me
Debruço e sonho de tudo
Um pouco, minh’alma mora’í
Por castigo, nas paredes de cal,
Vivo numa casa de telha vã,
A memória, os meus sentidos
Fazem parte do que escrevo
Vivo numa casa de telha vã,
A memória, os meus sentidos
Fazem parte do que escrevo
P’las paredes e janelas de vidro,
Desta casa pouco fixa…
Desta casa pouco fixa…
Jorge Santos(01/2017)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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