Jaz na Terra o sossego e a negação do belo,
Jaz por Terra a noite e a ferida em cal-viva,
A ventura que é sorrir e também chorar gelo,
Jaz na terra o trono e um dono senhor de tudo,
Jaz por terra um templo que abandonei e que
Descuido, por não ter uso nem deuses, esses novos,
Infecundos e impostos para mal do homem feudal,
Homens deuses, a quem a calma e o ódio Deo-opus
De-graça, como se fora eu sacrossanto ermitão,
Em “Cristos Bay resort”, jazz por terra o meu ego,
De campeão dos detestados feios de braços,
“Sou tido” como demente por sentir tudo,
Até quando chuva quando cai na Terra quente,
O meu coração me desmente e me desdiz,
Jaz na Terra o sossego e a negação do belo,
Jaz por Terra a noite e a ferida em cal-viva,
A ventura que é sorrir e também chorar gelo,
Jaz na terra o trono de um dono, senhor de tudo,
Apesar de tudo isso sou tido como pouco são,
Por sentir mais que tudo e tod’esta gente,
Quando a chuva cai em meu coração não mente,
“Sou tido” como demente por sentir tudo,
Até granizo quando cai na Terra quente,
No meu coração d’pedra faz frio de geada,
Jaz nele a terra, o céu e o abismo sem fundo,
Jaz na Terra o sossego e a negação do belo,
Jaz por Terra a noite e a ferida em cal-viva,
A ventura que é sorrir e também chorar gelo,
Jaz na terra o trono e um dono senhor de tudo,
Apesar de tudo isso sou tido como louco,
Por sentir mais que tudo e toda a gente,
Quando a chuva cai em meu coração dormente,
Como se fosse real e sentida, credível talvez,
Embora nem sempre…
Jorge Santos 07/2018
http://namastibetpoems.blogspot.com
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