Há música na palavra dita…
Há música nas palavras ditas,
Não ouso cantar
Em publico, sinto-me ridículo
Quando dou por isso,
Não ouso cantar
Em publico, sinto-me ridículo
Quando dou por isso,
Estou a cantar alto sozinho,
pois que o hábito não faz
O monge e eu canto como maldito
Da rua, embora não seja cego,
pois que o hábito não faz
O monge e eu canto como maldito
Da rua, embora não seja cego,
Sou louco quanto a loucura
Que me habita por dentro,
Sendo esse o meu desatino,
Quando dou por mim sozinho,
Que me habita por dentro,
Sendo esse o meu desatino,
Quando dou por mim sozinho,
Cantando baixo, baixinho.
Sou ridículo, sinto-me músico,
Sem ser nem isso, q,b.
Um sem ofício, fulano tal,
Sou ridículo, sinto-me músico,
Sem ser nem isso, q,b.
Um sem ofício, fulano tal,
Maldigo o ruído que faço,
P’los cantos da boca sujos,
Como se não bastasse sab’a gemada,
A língua batendo constante,
P’los cantos da boca sujos,
Como se não bastasse sab’a gemada,
A língua batendo constante,
Nos dentes fingindo ser harpa.
Trinta destinos tive à escolha,
Nenhum de ser poeta, quanto
Menos músico eu, etc, etc, etc …
Trinta destinos tive à escolha,
Nenhum de ser poeta, quanto
Menos músico eu, etc, etc, etc …
Jorge Santos 08/2018
http://namastibetpoems.blogspot.com
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