Amo porqu’amo, pra ser exacto,
E, se criei um tampo e um palco,
Entre a razão e o peito,
É por’c’amo tudo a temp’inteiro,
E, se sei d’amor, o q’este m’ensinou,
Enfim, o resto aprendi , d’vendo
Ao corpo a ilealdade,
Com a qual me complemento,
Embora esta se me não adapte,
Como uma “amigalite” íntima,
(algo que não tenho nem existe)
E ao espírito, no estilo d’escrita.
Não me compete a mim banalizar,
Ainda mais essa coisa,
Que traio no pensamento,
E no copo, fica sempre por acabar,
Mas, quando estou inspirado,
Pespega-me um prazer intenso,
Próximo do orgasmo,
(Doce, mas sem acto)
Dia perdido, vida perdida, indistinta,
Mas, a minha imensa
Desilusão, encontrou um sabor novo,
Pra mim, inédito e físico, Amo…
Não o abstracto, mas o real …
Jorge Santos (02/2011)