No fim do arvoredo e do tempo,
Não temas anjo negro ou cisne
Branco, ouve apenas o canto da alma,
Em que te enredas, fantasia
E brinca de dia ou de noite
Com o que te cerca, como queiras…
Em prováveis ou incertos caminhos.
Deles jorram milhares de grãos de areia
Em enormes mãos de vento.
Os ramos de veludo
Acariciam-te o pensamento,
Mas não saberás jamais o que dizem
E porque se demoram tanto
Na tua face, por todo o teu corpo,
Vestido apenas de tempo,
E por fim… indiferente a sorte,
Como um atleta acabado.
No fim de tudo,
É o desejo de alcançar algo
Que define na alma o teu caminho
Do ser (e o que fazer do teu tempo)
Tudo o resto será couto vedado
Ou simplesmente ficará por achar,
Como um livro fechado…ignorado.
Jorge Santos (08/2011)
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