Dizia eu, no outro dia,
Que meus rostos todos, não sou eu,
Mas antes o momento relembrado,
D’uma esperança que no corpo guardo.
Digo hoje em dia eu,
A propósito de lembrança
Que não há dia nenhum, que não Peça
De volta a esperança de quem a perdeu,
Nalgum recanto de si.
Dizia eu, outro dia,
Quando não era assim
Tão invernoso o dia,
O tempo e a alma tão fria,
Que estranhos eram, pra mim, os outros
Mas não eu.(pois não me via...)
A propósito de gestos,
Dizia-me eu, n’outro dia,
Invisível ao resto
Do mundo,
Bastava um gesto
E pronto…
Quando acordava
Eu era um outro
Ou simplesmente eu…
Dizia eu…um dia,
Sair vencedor de tudo,
Mas o vencido fui eu,
Que não lembro no futuro
O que disse outro dia...
Jorge Santos (12 /2012)
Jorge tenho feito uma garimpagem a procura de belas poesias.Encontrei aqui, um verdadeiro tesouro.Ah! o poeta diz tudo que quer e, com poucas palavras, tem o dom de inibriar a nossa alma.Parabéns! Um grande abraço!
ResponderEliminar