Quem irá recordar-se de
nós,
A
quem não bate certo, o coração,
A
razão e não sei que mais. De nós,
A
quem de condição, foi bera e peão
Da’brega,
do marrar em tudo, por um nada,
De
Estoirarmos, como fogo-d’artifício breve,
Nós,
os campeões em levar porrada,
Os
Blasfemos de Jové, da noite, da “rave”,
Sem
dormir “por nada”, porque os nossos sonhos,
Ou
são de raiva ou viram angústias e manhãs d’azia,
Se
nem sequer temos os sonhos que queremos,
Fantasiamos,
os d’outros como nossa parede meia.
Quem
irá recordar-se de nós,
Como
somos, sendo nós a escala e o tempo,
Condensamos
seculos e heras em cenas e segundos,
Condenados
somos, como gentios do ghetto
Em
noites de cristal e palácios do fim,
Há
em tudo o que fazemos, despropósito e algo que define
A
ração do incomum, uma revolução inédita dita jasmim,
Um
mundo inteiro em lume e a mnemónica que nos une,
A
dor que sentimos ao descrever o vazio e o horror
Que
nos banha e afoga de desesperança
E
nos céus noturnos questionamos o Divino Amor
Do
santo-espírito-da sumida-esperança
Quem
irá recordar-se de nós assim…quem?
Quem irá recordar-se de mim…quem?
Jorge Santos (01/2013)
Belo poema.
ResponderEliminar". . . A dor que sentimos ao descrever o vazio e o horror. . ."
belíssimo poema, Jorge. Compartilhei-o no facebook com meus amigos brasileiros e portugueses
ResponderEliminarNão há palavra desnivelada não ha nada qu'eu escreva que não tenha escalavrada numa face a verdade na outra uma inverdade garantida,ou aliás ela mesmo,a pérfida'idiota mentira e eu que me junto nela ao irreal velejar qu' est'alma implora... no registo da minha REAL viagem vou incluir em Abril/Maio 2013 a travessia do deserto do Taklamakan A China de Bicicleta ,serão quase 5.000 km entre Xi'an e Biskek no Kirguistãn que tentarei completar num mês para voltar no ano seguinte por mais 1 mes (2014)e no outro ainda (2015)... embuçado do espírito de Marco Polo e da mais antiga rota mercantil do planeta , que modelou a humanidade (the silk Road) subsequentemente... e que os deuses me acompanhem na minha e tua viagem a viagem de quem me quiser acompanhar...Namastibet (carpe-Diem) JORGE SANTOS/TRANSHUMANTE/JOEL MATOS
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