Outras vêm aos
poucos comigo, (sem querer) acabar.
Deem-lhes os
motivos dos presos -se os tiverem-
Pois preso quero
eu ser, condenado est’meu sonhar.
Dos dias atado,
perdi o quando, das horas o conto
E a fé de quem
espera por nada, de ninguém,
Das honras nos
livros que não escrevo, nem tento.
Das estrelas que
migram no céu e mingam também,
São o símbolo
vivo da renúncia, em que vivo,
Pois se, até
elas, pra mim, perderam o encanto
E o dever, então
desta pensão, nada vem de novo,
Nem a aragem nos
quartos soprando e tanto.
Será emoção
bastante pra que parta sem coração
Pra outro mundo,
não me motivam as preces
Ou evocações
possessas de voz, com entoação
Satânica, podem
ser emotivas pra outros, talvez.
Não sonha sonhos em saldo e ao desbarato,
Esta alma que não faz parte de lugar nenhum,
Mas que magoo, corto, retalho e reparto,
Em iguais porções, por este magro “quórum”.
Certas emoções quase que me convencem,
Outras convêm-me, mas mais vale não as ter,
Pra não saber por que razão as perdi e pra
quem,
Talvez não devesse ter eu emoções sequer…
Jorge Santos (09/2014)
Preciosas letras!
ResponderEliminarBuen fin de semana, besos.
Apetece apagá-las, a certas emoções!
ResponderEliminarum poema especial...muito lindo, Jorge!
ResponderEliminarmuito bom! Parabéns!
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