Passado eu, azul triste Lúcio.
Cantam suavemente triste/azul
Como quem embala nas ondas
Um filho de mar fardado, serei eu,
Serão sereias sem passado nem futuro
Ou sombras do que é verde
Azul puro ou do que eu lembrar
Embora não possa amar tristes
Sombras e nem do mar ouvir no búzio
O cantar sem morrer d'amor por Lídia
Ou por elas, sereias sem nome dado,
Debruçado adormeço sobre este
Mar antigo, cansado de ser filho ou Lúcio
D'Iemanjás sereias, orixás rainhas
Do mar envoltas... a manhã jaz
triste e azul, sem cor serei eu, serei
Ou serão sereias do mar sem ódio, passando Py,
Passado eu, azul triste, Lúcio anil.
Jorge Santos (02/2017)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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