Somente à poesia é que se aplica
A convenção mnemónica de amar sem volta.
Como qualquer fenómeno meteorológico,
Pra ser compreendido, há que ser estudado,
A convenção mnemónica de amar sem volta.
Como qualquer fenómeno meteorológico,
Pra ser compreendido, há que ser estudado,
“Je ne dis rien, tu m’écoutes” é o axioma
De ser poeta e eu não consigo alterá-lo,
Mas isso não me explica, nada se explica
Sem ser tocado, somente me reconheces,
De ser poeta e eu não consigo alterá-lo,
Mas isso não me explica, nada se explica
Sem ser tocado, somente me reconheces,
Eu não creio em nada, qualquer coisa amo,
Um relógio é uma mesa, igual a beleza
Dos ramos de uma mesma giesta, tudo
Será esquecido ou apenas eu record’o passado,
Um relógio é uma mesa, igual a beleza
Dos ramos de uma mesma giesta, tudo
Será esquecido ou apenas eu record’o passado,
Pra ser compreendido há que ser estudado,
Ramos buscam ramos, que seja eu esgalhos
D’abeto gigante, nada indica que sim, nada se
Deve achar, a dúvida é em si mesmo um fim,
Ramos buscam ramos, que seja eu esgalhos
D’abeto gigante, nada indica que sim, nada se
Deve achar, a dúvida é em si mesmo um fim,
Somente à poesia é que se aplica, ao agnostico
O tampo da mesa e ao agiota o tempo
Que se retira a quem se for, mesmo a mim…
Sou conduzido por acidente a um sonho
O tampo da mesa e ao agiota o tempo
Que se retira a quem se for, mesmo a mim…
Sou conduzido por acidente a um sonho
Sem cura, culpa da memória que divide
Os erros entre mim e eu infiel, infiéis os líricos,
É a maneira de dizerem o que pensam,
Sem largarem das mãos o céu, só meu,
Os erros entre mim e eu infiel, infiéis os líricos,
É a maneira de dizerem o que pensam,
Sem largarem das mãos o céu, só meu,
Sou eu …”Je ne dis rien, tu m’écoutes”
Jorge Santos (05/2018)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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