O luar nas minhas mãos
Fez uma estrada,um caminho de prata
A cheio que vai da consciência
Ao lugar onde dela me perco,
O luar das minhas mãos,
É tão de perto quanto a vastidão
Ou o mistério a assomar
Por entre o arvoredo ...
O legado das minhas mãos,
Tem um peso que custo
A levantar e me mantém nos píncaros,
Preso aos ramos, à terra, aos rochedos
E à estrada de todos os medos,
Que não só meus mas se vêm
Através de mim e dos meus dedos,
Em prata de luar e no arvoredo,
No veludo do musgo manhã cedo,
A julgar serem mãos minhas
A verde e veias, todo eu
Luar e céu, rochedo e orvalho
No lugar das minhas mãos...
Jorge Santos (08/2016)
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