Jorge Santos

O Morcegario Como descrer das fabulosas noites A destapar céus, vestidos negros Cravados a buracos de alfinetes Sem neles mesmo admiti...

Asas d’vento As minhas asas são das penas mortas Nos cachuchos e acenam nos varais Que me lembram derradeiras roupas Secas aos ventos, es...

O olho de HOrus Florença, quente e húmido fim de tarde, quase noite, Nas mãos delas, unhas rebeldes em luz fosca de velas, circulava e rod...

Não, não digas nada irmã já seca e Nega o que de facto possa ser falácia Em surdina e antes que se veja cega e Vesga, a noite, Não se dê ...

                                                                                                                                           ...

“ Homem Fronha ” Mais coisas há “do que eu quero ouvir” Em toalhas de papel d’almoços ou cotos De grandes D’outos julgando-...

T anto e tanto do que sei, Sei-o - nem como nem sei - Do ser que sou e prevejo, D’um vulgo e curto bocejo, No ser fiel de mim mesmo, Não ...

Já gastámos as palavras pelas ruas Muradas, os silêncios deixados Vagos, crescem paredes meias Com a Interrogação, onde errámos!? Já gast...

Heresia T enho cismas, se nem respeito Na Pascoa, a morte do Cristo. Tenho penas, se não suporto Ter, da...

V ós, senhoras todas, que entendeis do amor, Dizei-me, se o tenho eu, no coração, Se tão distante, é da razão, esta dor Sentida  fundo, ...

Sinais do tempo U m Sinal do Tempo sentia, Na página fim, de lés a lés, Cerrada , a noite, mas lia, Cego, página a página, Talvez na...

D ’ entro , no terror  da noite,  No raízedo d’meias coisas  Atrás do latejo das veias Não em redor mas d’entro Transfiguro-me, não d’...