Jorge Santos
(poesia)
O que fazes do teu tempo ?
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No fim do arvoredo e do tempo, Não temas anjo negro ou cisne Branco, ouve apenas o canto da alma, Em que te enredas, fantasi...
Coração peregrino
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Neste mundo com ódios, fronteiras, E guerreiros a soldo, Só o horizonte me sarava as feridas, Por entre os azuis e o prado...
Meu país breve
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Vago sussurro me leva, Através deste breve país, Que nem me louva, Nem me indulta, como juiz, Mas condena à tristeza, Como sentença do que...
1 comentário:
A sensação de ter vivido devagar
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Não tenho da banal pressa nem sequer o vagar Nem quem se ofereça pra falar por falar Não sou de conversa “fiada”ou ocasional E nem por nada...
Veias do meu rosto
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Correm lá fora, veias que desconheço eu, Sem outro sentido para mim, senão os dos ventos Que vêm e vão num sussurro de quem se perdeu ...
O sonho que se opôs a que eu vivesse,
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O sonho que se opôs a que eu vivesse, Se viesse ver-me, na cinza fosca do inferno, Veria que nada de novo acontece E nem nas pequenas coisa...
Ralhos dest'alma
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Emissário de um rei desconhecido Depus no trono um outro dono, sem trégua E pouco a pouco também fui desprezando A entrega, missão assaz va...
O dia em que o eu me largou
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No dia em que o eu me largou, Arreiguei um cargo desnecessário, 160 Graus/leste, (a meu ver) antónimo Da noção de básico e sem préstimo ...
Tenho escrito demais em horas postas...
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Tenho escrito demais, em vulgares gotas, De que jorram gastas, comuns coisas e lugares, Umas menos claras, mas todas apáticas E feitas de ...
Nasci onde as ondas do mar se calam
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Nasci onde as ondas se calam nas pedras, Onde a fala se confunde co’mar, Vinha de manhã cedo pra brincar, Com os seixos que d...
Filhos do não
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Ainda que, nos ombros suportem a Terra, Os milénios e durem meros minutos ateus, E, tão de noite seja, que de manhã nem descor...
Amo porqu'amo...
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Amo porqu’amo, pra ser exacto, E, se criei um tampo e um palco, Entre a razão e o peito, É por’c’amo tudo a temp’inteiro, E, ...
A raiz do nada
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Cai a chuva do nada, Constante, tecida, Cai a chuva na face, Como que s’oferece , Resignada, leve. Cai a chuva do nada, ...
Ponto sem nó
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Nó e ponto, em sequência e igual a todos Os invadidos de uma senilidade fútil qualquer, A modos que formatados a zeros, Sem nada ...
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