Jorge Santos
(poesia)
Me levem os ares ...
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Me levem os ares porque quero Pertencer ao terreno ignoto sem Precisar que me adornem a campa Ou que me chorem e ao que opri...
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Incólume quanto Ricardo Reis ...
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Incólume quanto Ricardo Reis ... Há quem diga que viu, ( tomando por reais as coisas que o não são) um escritor de língua pátri...
O legado das minhas mãos ...
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O luar nas minhas mãos Fez uma estrada,um caminho de prata A cheio que vai da consciência Ao lugar onde dela me perco, O luar da...
Sonhar agora ...
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Culpo o pensar por tudo, As árvores e o mar O vento sem parar e o mundo Puder sonhar meu sentir, Culpo o pensar por tudo, A v...
Leste nas minhas mãos ...
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Leste nas minhas mãos As veias que me destroem E os sinais que vêm da mudança, Pintados a castanho negro, Leste nas minhas mãos ...
Onde quer que vás ...
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Onde quer que vás, apenas Não há passado nem presente, Nem esperanças nem certezas, Há espaços exteriores e libertação, Onde que...
Sou o mais intolerante dos homens ...
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De facto sou o mais intolerante dos homens, Dorme nos meus braços e faz neles morada O inútil e o nada, nem um só pensamento Par...
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Despeço-me demasiado depressa ...
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Aceito o ar frio como uma recompensa Uma bênção, não preciso do calor de gente Nem de uma casa adequada, Decente, não estando frio As...
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Ceramista quântico ...
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Julgo que vida seja dista, Mais do brilho estelar, quanto Da consciência conjunta Destes seres terminais, Cerâmicos quanto o nar...
Coração duende
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Amo-te sem saber como, Tomo os espinhos por Rosas em botão e o ocre Sabor de terra por açafrão, Cominhos, amo sem saber Eu com...
Segmentos derosa ...
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Adicionei à minha colecção, Da boca as que disse boas E não digo já, a que valia Por dois, das ouvidas da rua jamais quero tê-...
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Por uma outra ...
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E eu deixei meus olhos Sobre a mesa, que são Doze a contar do centro, Os meus dedos que dizem Quem sou não, pauso A minh'a...
Tudo o que pudesse ter sido eu não ...
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Tudo o que pudesse ter sido eu não fui, É preciso achar querer ser coisa Alguma, para outra uma coisa ser sendo Tudo o que quis foi...
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Janela de sótão
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Janela de sótão Chove sim, Nada demais, Aqui vivo dentro de mim, Pois aí não chove, apenas Adoço e colho a sensação que Ouço ...
Papagaio de cana, papel e gente
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Pobre fera, Aquele que ama De verdade, sem saber, Aquele não Preparado pra morrer, Como fera morre, Fera cujo coração Derrete quanto O...
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Não ser eu "toda-a-gente"
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Não ser eu toda-a-parte, em toda a gente Sentir bastante perante o que me comove E o que é pasmo, não fazer eu parte maior Do ...
O Santo sobrou
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Santosobrou Tento sobrar-me dia-a-dia Sonhando-me, mas não sei Que sonho ter, em que sobre Essa premissa d'eu ser o so...
Coração de boi
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Não tanto como me corrói A poesia por dentre outras Dores como que doem como Não sémen, mas areia Da que corre nas veias Com q...
Encanto teu
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Encanto teu, engano meu Úlcera, pus, com sorte terei podre E comum raiz com o meu nariz Torto, quanto mais do público Tão líric...
Menor mundo
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E eu deixei o ponto onde me digo, Por outro monte de meu invento, Cerca do sítio que na minha visita Alcanço e consente a noção d...
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