Jorge Santos
(poesia)
Aos desígnios que inventei só porque sim ...
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Cheiro de jasmim e cana cortada ou Os desígnios que inventei só porque sim... Num tempo em que as paisagens eram florestas E virg...
Pois que eu desapareça
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Pois que eu desapareça. Anseiam por noticias da minha morte, Dou-vos o estéril, devo-vos a dor Que não me vem, não a tenho real...
Do mar m'avisto .
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Do mar m'viste, Do mar me visto, O céu não tenho, Faz frio no meu Peito em pedra, Gelo ou icebergue, Assim outros terra e...
Cicatrizes hão-de encher-me de poderes ...
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Há de tudo, pessoas feridas, pessoas cicatrizes, Pessoas marcantes, mas há e haverá sempre Pessoas gerando luz, como candeeiros de...
Ler é sonhar sonhos doutros ...
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Ler é sonhar o sonho dum outro, Ler é sonhar o sonho doutro, Invejo quem que não sonha Simplesmente o sonho dele, Pois não sei ...
Diário dos imperfeitos
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Diário dos imperfeitos Às vezes preciso tanto de saber Porque ponho todas as minhas esperanças nas rosas e ignoro os malque...
Medo de virar pó
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Tenho medo de tornar pó Só porque pó é feito De infinitos e defeitos eu É só o que sinto ser, Visto o que não existe O tamanho d...
Passado eu, azul triste, translúcido ...
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Passado eu, azul triste Lúcio. Cantam suavemente triste/azul Como quem embala nas ondas Um filho de mar fardado, serei eu, Serão...
Durmo tempo demasiado
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Durmo tempo demasiado Sem consciência ter de ter dormido, Tento só no sono ter fundo O sentir, porque acordado Demais não sonho...
Leve quanto a sombra
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Leve quanto a sombra e o luar, Lugar ao longo de meus braços, Estrada que serpenteia, caminho Leve quanto as sombras e o luar, Ca...
Falo do Estio
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Sinto fazer sentido quando me leem, Não faz sentido escrever, vazio De corpo e alma, como se Fossem as pétalas sem cheiro e a rosa ...
Quanta fadiga me enternece
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Quanta fadiga me enternece, Quantas fases do luar sigo, Quanto adversa é ou pode Ser, a existência sem a ilusão Que vida acon...
Solidão
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Solidão A solidão é cega, tanto quanto rasa, Como uma multidão que corre No jardim do éden e nada tem Do ver, que a mim cega ver ...
Já nem sei que, ou quem ...
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Já nem sei que ou quem sou Eu e quem sei não ser, se eu, Ou eu, sem um "se" em mim, sem fim, Já nem sei o que sei, se sei...
Nervoso ou preso,
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Nervoso ou preso, Vento que ris do mundo, Peculiar e seco, como eu Quase o insulto, quando Bato a porta e finjo livre O ...
livro de-se-ter...
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Ser livro de se ter Não é úti,l pra ele Ter no fim do livro, O mesmo fim feliz De cada vez que O fim chega ao livro De se ler...
Façamos um pacto ...
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Façamos um pacto, Com aperto de mão e tudo, Até onde o cotovelo Chega e o braço alça, Tu nesse canto, E eu nesta praça, Façamo...
Afinal me perco em Sófia ...
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Afinal me perco, nem lembro quantas vezes Nos parques de estacionamento, na sombra Dos edifícios, nos lugares dos objectos cinza Af...
O mistério ...
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Eu tenho dos montes O mistério e as janelas, Já a criação é d'Outro, Assumo a paternidade, Apenas quando estou Porta fora e...
Obrigado e Adeus ...
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Querido amigo, acresce por milhão e meio O singular abraço que o humano Tem de alguém por igual e ele, Quando nos miramos a...
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