-Fui dentro de mim entrando,
entrei
E vi vestígios do que se já viu
Vi um céu interior e
brando, bradei
Aos meus, no brado que se
me partiu,
A um sol redondo e a um
silêncio estival,
-Ai daquele qu’en seu sonho
traga
Desertas preces e marés
dest’areal
-Ai daquele qu’en s’us
olhos s’afoga,
Ou é um homem de vime
envolto
Ou mora junto ao sal da
margem
-Há um mar no avesso e um quarto,
Cansados de tanto esperarem,
-Fui dentro deles,
escondido
E vi vestígios do que fui e
possuí
Antes, sob a tutela do
cedo…
Meu coração possuído já não
possui,
-Agora carrego, esteiras alheias
E sombras por habituação
Enredo-me nas fantásticas salas
Que, por não serem, minhas
são…
(Grandes são, de Deus as casas,
Grande é o Panteão dos meus)
Jorge Santos (02/2013)
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