E eu deixei meus olhos




E eu deixei meus olhos
Sobre a mesa, que são
Doze, a contar do centro
Os meus dedos que dizem,

Quem sou não, pauso
A minh’alma na pele
E admito ter deixado
De morar em mim

E morro no que deixei
Por entre os dedos
Ou seja um amor inteiro
Por habitar, suponho

No centro que a mesa
Tem, um céu doce…
Doze olhos meus
Que deixei no campo,

No entanto a contar
Me perco e na pele
Dos seios teus serei
Boca, Onde deixei

Meus olhos não ando
Nem mando este
Coração lá passar, passeando
O que sinto

Por uma outra,
Uma-outra-mesa…
Preciso separar dos meus,
Pois olhos são estados,

Dois p’las minhas contas,
E eu a olhar procurando
Explicar o que vejo a quem
Quer quer seja

Mais olhos que boca ou tenha
Sentimentos vulgares,
De farsa ou
Habilidade de acrobata,

Cor de rocha, rosto meu …




Jorge Santos (Fevereiro 2022)




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Tudo em mim,

 




Tudo em mim, é lento e tardio

Por isso é bom que façamos
O que há a fazer,
E Já …

Alio ao gentil e brando,
Meio metro de força bruta,
Louca, que duvido tenha dentro,
(Por Ieramá)

De verdade nem um metro
Sinto, aí entro eu, no meio tempo,
Em hora de mola e ponta,
Muito mais em frente,

Junto os cotovelos em forma de aríete,
Brado e avanço de rojo
Para o oponente com parte touro,
Quanto serpente,

Mais perigosa a calmaria,
Que a afronta, Deus vive
E é imundo, eu parto quebrando
Quem se atravessa,

Que venha o bando,
A remessa de sabujos,
E o nojo que faz parte da orgia
De fazer parte,

Da infâmia, da calúnia,
Do engaço,
Sendo Deus virgem,
Não é deste mundo,

O arcanjo pra mim é o muro
E o silêncio me ensurdece,
Lamento muito, lamento
Muito, lamento muito …




Jorge Santos (Fevereiro 2022)




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