Quantas vezes te sinto tão perto, Que ignoro o que seja ser um outro sentir Meu,tantas vezes te sigo decidido, Que nem sei que decisão tomar, Ao sentir o som do teu vestido, O perfume do teu discreto passar, Quer sejas tu ou o pensar meu, Que por vezes sinto, como quem Sente ser de verdade, o sentir Que não se tem certo, mas se sente Como quem te tem por perto, Quantas vezes sinto tão bem, Quando tuas asas de ar voam rente, Ao meu outro sonho morto, tão chão, Tão curto. Quantas vezes sinto teu corpo, Por definir na relva, tua voz no arvoredo, Quantas vezes nem terreno meu coração Tem, nem é sendo... Jorge Santos (03/07/2015) http://joel-matos.blogspot.com
A gente sabe ou pressente, No que existe, o que existiu e flui, Suponho eu, em comum num invicto rio, Que da gente, tudo sabe ou pensa, Corre ou percorreu a nossa Existência noutra margem do espírito, A gente sabe ou supõe, possuir Ou ter, memória inconsciente do que Existiu e passou, mas nem todos Lembram o que eram ou foram, A gente pensa saber apenas, Mas nem sabe bem, nem pensa sequer No que está pr'alem do horizonte, E flui nas nossas veias, apenas Como um rio dentro de uma flor, Que se supõe ser,como quem pensa saber, Mas não lembra, nem o tempo Que passou e foi e foi e foi e foi, Suponho eu, como um comum rio De seis mil milhões de nomes e vozes E cores, neste oceano humano, Ele existe porque sempre existiu, Ou pensou que existe, porque somos Apenas os sonhos da gente que foi e foi e fui E Fui... Joel Matos (30/06/2015) http://namastibetpoems.blogspot.com