A gente sabe ou pressente,
No que existe, o que existiu e flui,
Suponho eu, em comum num invicto rio,
Que da gente, tudo sabe ou pensa,
Corre ou percorreu a nossa
Existência noutra margem do espírito,
A gente sabe ou supõe, possuir
Ou ter, memória inconsciente do que
Existiu e passou, mas nem todos
Lembram o que eram ou foram,
A gente pensa saber apenas,
Mas nem sabe bem, nem pensa sequer
No que está pr'alem do horizonte,
E flui nas nossas veias, apenas
Como um rio dentro de uma flor,
Que se supõe ser,como quem pensa saber,
Mas não lembra, nem o tempo
Que passou e foi e foi e foi e foi,
Suponho eu, como um comum rio
De seis mil milhões de nomes e vozes
E cores, neste oceano humano,
Ele existe porque sempre existiu,
Ou pensou que existe, porque somos
Apenas os sonhos da gente que foi e foi e fui
E Fui...
Joel Matos (30/06/2015)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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