E guerreiros a soldo,
Só o horizonte me sarava as feridas,
Por entre os azuis e o prado
E ao tocar nos silêncios e saliências
De corredores e templos de lajes lúgubres,
Preenchia pequenas vielas,
Das sensações de anónimas aves.
O que tornava, nesse tempo, um seixo perfeito
Era olhando dentro, como quem contempla
E ouvindo atento com o peito,
O vento que vinha de lá…lá
Do fundo da vista, do sem-fim
De um tempo, que nem é de cá.
(Juro por Deus e por ti -em tudo o que vi
Viverei, desde qu’aqui dentro o não esqueça)
Neste mundo com fronteiras
Que vão desd’a íris na direcção
D’onde todas as sensações são estrangeiras,
Continua caminhando o meu coração.
Jorge Santos (07/2011)