Pra’quê o tempo,
Pra’quê a urgência,
E a viagem que o vento
Tem de fazer,
E a que o tempo,
Tem feito, solto
Se o que tarda,
É um comboio,
De carga,
Não se atrasasse,
Não teria fingido,
Viajar, o vento…
Não se lembrasse,
Não teria contado um conto,
O certo, era nem ter
Visto o tempo sonhar,
Um comboio,
De brincar…
E pra quê o tempo,
Se nem tempo tem o vento,
De vir ter comigo, pra dançar…
Todo o resto,
Me segue,
Sem sentimento,
E o sentimento,
Sem sentido,
Vou seguindo,
Sem sentir
Que sou fingido…
Eu também…
Vai fugindo,
O chão que piso,
A luz que não tenho,
Pra quê o tempo,
Pra quê…
Se tarde é… e ser também.
Jorge Santos (01/2013)