Tenho
saudades de quase tudo,
Sobretudo do que não esqueci,
Tenho saudades de querer morrer por ti,
E por ti morreria mesmo, de amor,
Tenho saudades do que não li,
Por falta de tempo e não só,
Mas tenho saudades de tudo,
O que ainda me lembro,
Tenho saudades de escutar o vento,
Em tardes de ventania,
Tenho saudades de estar perdido,
E nem saber rezar uma “ave-maria”
Tenho saudades de me encantar,
Em tudo o quanto sonhava,
E do tempo que perdi sem apreciar,
Os serões em que o tempo não contava,
Tenho saudades de jogar ao pião,
Do alarido da rapaziada, da porrada,
Tenho saudades do “tudo ou nada”,
Quando soube ser na esquerda o coração.
Tenho saudades das noites sem dormir
Em que acariciava, na imaginação,
O cheiro que eu supunha ser teu, ou do jardim,
Sobretudo do que não esqueci,
Tenho saudades de querer morrer por ti,
E por ti morreria mesmo, de amor,
Tenho saudades do que não li,
Por falta de tempo e não só,
Mas tenho saudades de tudo,
O que ainda me lembro,
Tenho saudades de escutar o vento,
Em tardes de ventania,
Tenho saudades de estar perdido,
E nem saber rezar uma “ave-maria”
Tenho saudades de me encantar,
Em tudo o quanto sonhava,
E do tempo que perdi sem apreciar,
Os serões em que o tempo não contava,
Tenho saudades de jogar ao pião,
Do alarido da rapaziada, da porrada,
Tenho saudades do “tudo ou nada”,
Quando soube ser na esquerda o coração.
Tenho saudades das noites sem dormir
Em que acariciava, na imaginação,
O cheiro que eu supunha ser teu, ou do jardim,
(Repeti
vezes sem conta aquela declaração)
Mudava de opinião com um estalar de dedos,
Fazia “trinta por uma linha”, desde rasgar o guião
E com raiva, escalar longínquos penedos,
(Nem sei se pela altura, ou por mera paixão…)
Mudava de opinião com um estalar de dedos,
Fazia “trinta por uma linha”, desde rasgar o guião
E com raiva, escalar longínquos penedos,
(Nem sei se pela altura, ou por mera paixão…)
Tenho
saudade de ser tabela sem cesto,
Mas
campeão em consciência, desde o berço,
Mesmo
no que escrevo, ainda insisto,
Nesta
paixão louca que não esqueci
…e que jamais esqueço…
Jorge
Santos (11/2011)