(Onde estou não é onde bebo, nem onde pesam meus pés)
Respiro devagar, ainda assim
O aroma fresco não vá fugir de mim,
No barulho ou no lodo da ribeira,
Que se queixa de correr pra
Longe, pra tão longe, quanto não pode
Estar de mim separado o odor que tenho
No corpo, acre e carmim...delfim,
Respiro devagar ainda assim,
Um aroma suave e doce a romã,
Que quase posso comer e tocar
Na calma calma da manhã,
Sente-se na densidade dura, o ar,
Ainda assim respiro devagar,
Não vá desaparecer, o saber
Que anteontem a noite tinha,
No aroma, a tinta fresa,
Na sala que me encerra,
-Aroma a memória e tempo
-Acre e carmim – amêndoa dura
Ou Jardim de erva aparada.
Respiro devagar o aroma,
Que me é dada ao sorver
Toda e cada manhã, sabor da alma...
Imperecível, Impartilhável, imperturbável.
3 comentários:
pasto todos os meus sonhos desperto,
que faria eu dos sonhos, se dormisse,
nem que fosse por um curto momento
num sonho que do meu rebanho não fosse
sonho os meus sonhos do avesso
pra que ao dobrar veja o lado certo
e no espelho eu não pareça tão só
sonho os meus sonhos de perto
pra que longe deles não me perca
de outros que hão-de vir de perto
tresmalhados, sem moiral,pastor ou guarida
aos quais darei abrigo, forragem ou seco pasto...
Pasto rebanhos e hipérboles...
Respirar devagar para não perturbar a beleza das palavras...
Abraço.
incomensurável é a beleza sua nas palavras e nas que aqui deixa,muito obrigado (pra todos vocês eu escrevo)
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