Tanto eu como o mar em frente,
Enlouquecido e bruto, tornámo-nos cactos ,
Flores mortas, hortos de pouca água, logo
Eu sou sem ser, a colher e a castrada fé
Tanto de mim, como do mar em frente,
Embriagámo-nos de erros fatais ,
Não sabendo serem frutos, vegetais
Colhidos ou cardeais do juízo perdido,
Tanto eu como o mar em frente,
Lamentámo-nos às páginas tantas,
De quando havia rosas e o movimento
Dos astros em fúria ,se fazia compreender
Por um leigo desenhando amores-perfeitos,
Tanto eu como o mar em frente,
Encetámos uma marcha lenta,
Tendo ambos por virtude, a esperança-boa
E que o movimento dos astros,
Nos leve a um bom porto, doutro mar
Pensado, doutra nação que não esta,
Que castra meu coração outrora salgado
E ind'agora são, tanto eu como o mar
Que mora em frente…
Jorge
Santos (20/06/2015)
1 comentário:
Seus poemas são profundos quanto o mar
Fecho os Olhos
Fecho os olhos e moldo tua imagem
Cada pedaço pincelando o sonho
Sorriso que acolhe, e na aragem
Outro sorriso vai arguto e bisonho.
De tanto exercitar esta façanha
A imagem retrata com perfeição
Traços em nitidez sem artimanha
As linhas contornando boca e mão.
Rede, olhar sedento, no vento solto,
Pássaros trinando ao anoitecer,
Mar rugindo em volta silencioso.
Tudo confabula no tempo envolto,
Matreiro sonho vem o amanhecer
Até que o olhar acorde majestoso.
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