Dorme nos meus braços e faz neles morada
O inútil e o nada, nem um só pensamento
Parece a mim remédio para a intolerância
E a descrença, qual sinto a valer o mesmo
Que o stock de regras e medidas homologadas
Que grassam nos meus cotovelos de humores
Incertos, temo valer menos do que peso
No mercado do insucesso da invicta tolerância
A crédito, esse que não possuo deveras nem sou
Grato quando viro para dentro os olhos e o sorriso
Mal feito. Sou intolerante de feitio, mero espécime
Que entende aramaico sem ser de lá, nem de perto ...
Jorge Santos (Julho 2016)
http://namastibetpoems.blogspot.com
2 comentários:
Belo poema, Jorge!
Uma intolerância com a marca da singularidade,
o mundo cada vez mais na aparência e imitação...
A valiosa singularidade!...
Poema instigante.A intolerância faz parte de nossa essência
Enviar um comentário