Nervoso ou preso,
Vento que ris do mundo,
Peculiar e seco, como eu
Quase o insulto, quando
Bato a porta e finjo livre
Peculiar e seco, como eu
Quase o insulto, quando
Bato a porta e finjo livre
O riso, parecendo preso
Nos molares que afasto,
Na frente da boca,
Que suposto é rir
Nos molares que afasto,
Na frente da boca,
Que suposto é rir
Por nada e por tudo,
Vento que do mundo ris,
Porque me ignoras a mim,
Peculiar e seco, segui-te
Vento que do mundo ris,
Porque me ignoras a mim,
Peculiar e seco, segui-te
Assim como um coração
Se segue, quando parte porta-
-Fora e deixa a gente
Com a dor dentro de nós
Se segue, quando parte porta-
-Fora e deixa a gente
Com a dor dentro de nós
Sempre, como est'hora
Em que o vento m'empurra,
Desta porta pra fora,
Vento que ri de tudo
Em que o vento m'empurra,
Desta porta pra fora,
Vento que ri de tudo
E parecendo, me ignora,
Choras entredentes,
Nervoso e seco,
Nervoso e preso mentes,
Choras entredentes,
Nervoso e seco,
Nervoso e preso mentes,
Vento que ris do mundo,
Diz-me porque arrancas
Minh' alma aos bocados,
Nem deixando o pensar
Diz-me porque arrancas
Minh' alma aos bocados,
Nem deixando o pensar
Ao menos, ao menos
Simular calmaria de vento
Preso…
Simular calmaria de vento
Preso…
Jorge Santos (01/2017)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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