Não confies na força das tuas asas,
Mas no movimento que as traz detrás
Pra frente e na vontade que faz voar
E ninguém tira ou pode tirar, confia no ar
Que as sustenta no vacuo e onde ir, no prazer
De voar e no uso do saber que é de
Ninguém e o princípio de tudo que é o voo,
Que importam as sensações se a vontade
É tudo e o limite é um céu e a forma
De o olhar é sobretudo sentindo círculos
Circunferências e esferas como um artista
Sem conclusão, acordado à noite agradecido
Por ser humano em óxidos e enxofre,
Não confies na força das tuas asas incorpora-as
Nas mãos por ainda não ter passado
O teu futuro de libélula adormecida,
Oxalá os meus olhos se colem à substancia
De que é feito o cosmos, e ás asas desses anjos
Complexos que me fazem aqui estar e ser
Até tão tarde, viciado em ar e no movimento deste ...
Jorge Santos (03/2017)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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