Sofro por não ter falta,
Ausência se faz sentindo
A mesma falta, a partir
Do que não é preciso,
E só dói ao principio,
Eu sofro por não ter falta,
Medito a sós comigo,
Repetindo o mesmo “mantra”,
Eu sofro por não ter falta,
Medito a sós comigo,
Repetindo o mesmo “mantra”,
Vezes e vezes sem conta,
Ausência só faz sentido,
Quando há em uma parte
Do corpo, transição.
Ausência só faz sentido,
Quando há em uma parte
Do corpo, transição.
Eu sou um quarto do caminho,
Desconheço os fins
E a distância, a atitude
É uma doença contagiante,
Desconheço os fins
E a distância, a atitude
É uma doença contagiante,
Congénita, tal como a má morte,
Estou morrendo de conteúdo,
Como morre mudo um pato,
De desmérito, pode ser fraca
Estou morrendo de conteúdo,
Como morre mudo um pato,
De desmérito, pode ser fraca
E inoportuna ou tamanha,
Sofro por não ter falta,
A felicidade é rara e falsa, a alma não
É minha …nem é dada à sorte.
Sofro por não ter falta,
A felicidade é rara e falsa, a alma não
É minha …nem é dada à sorte.
Sofro por não ter falta,
Finjo, ignoro, sou feliz
Como quando se nasce,
Ausência se faz sentindo,
Finjo, ignoro, sou feliz
Como quando se nasce,
Ausência se faz sentindo,
A morte não se sente,
Embora faça parte do que sinto,
Falta-me do voar a asa e a verdade,
Os deuses não me deram uma,
Embora faça parte do que sinto,
Falta-me do voar a asa e a verdade,
Os deuses não me deram uma,
A outra não a quero,
Não me cabe escolher qual delas minha,
Sofro de não ter falta,
Sofro de ser agora, já tarde …
Não me cabe escolher qual delas minha,
Sofro de não ter falta,
Sofro de ser agora, já tarde …
Jorge Santos 08/2018
http://namastibetpoems.blogspot.com
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