Alguma coisa me chama “bem-vindo”
E em forma de halo ou anseio
Reúno-me na teia, nomeio
Os corpos magros e com eles m’afundo,
Tão pálido que nem me reconheço,
Na poça inunda à lua feia.
Alguma coisa vã me desafia,
Do poço sem vontade em que me fixo
E dele transbordaria se chorasse
Ou fosse destes ombros despojado
Como casta de gente que em mim cesse
E vejo a mestra do esconcavado
Tear como fosse vivo e falasse
Da rede morta que me vai cercando.
Jorge Manuel Mendes dos Santos
05/05/2010
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