Por ti fundei o movimento dos corpos
E o drama dos quiescentes da alma,
A consciência que morro cada passo ou
Momento que passa, por ou sem querer,
Por ti fundei uma torre chã que nem negro
Cedro ou como fosse giesta escura,
Assim o breu e a noite negra tricotada.
Por ti fundei o ar e o chão que em volta
É frio como deve ser o frio e o ter corpo,
Movimento e consciência da morte.
Por ti fundei o sentir que escapa ao espaço,
Ao cujo que na alma reconhece
O tom ou a cor dos cedros parecendo aço que
Por ti plantei ao longo dos caminhos, no topo,
E o movimento nos astros que tremem
Por, ou sem querer ser mudos, apenas sóis
Por nós alcançáveis, alcançareis um deles,
Longe a consciência da morte, antecipo
O futuro longe, longe, longe, longe
Em Marte …Por ti fundirei o aço ao enxofre…
Jorge Santos (11/2016)
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