Ceramista quântico ...




Julgo que vida seja dista,
Mais do brilho estelar, quanto
Da consciência conjunta
Destes seres terminais,
Cerâmicos quanto o narrador, 
Quebradiços quanto o espaço,
Quimérico quanto um vasto
Duvidar que vida seja disso
Vasilhame, vaso do que se diz 
Que brilha e é espaço consciente,
Se eu visto isto e isto em 2 pernas,
Além de narrador narrado
Que ser cuido, trapezista galáctico,
Ceramista quântico e vasilhame.
Julgo que seja dista a consciência,
Duma outra que real fosse, à outra que
Menos nos custa embora egoísta,
Sobreviver ao conhecimento cerâmico…

Coração duende






Amo-te sem saber como,
Tomo os espinhos por
Rosas em botão e o ocre
Sabor de terra por açafrão,

Cominhos, amo sem saber
Eu como te amar e quanto
O amor é triste ou forte,
Vivo montado num escadote

Pra ser visto com nitidez
Por todos e por ti que me 
Lembras a lucidez do campo
A brisa no meu cabelo branco

Amo-te sem saber como 
O que conheço é um sentimento
Que ninguém tem tal como
O vento que ninguém conhece

Mas sente, eu sinto que amo
Mas nem sempre nem toda
A gente ou lugar e o céu
Não tem explicação pro que sinto 

Sem razão aparente, espinhos 
Açafrão e cominhos .rosas em botão
E o ácido da terra quando chove
Nela e em meu coração duende .



Jorge Santos (03/2016)


Segmentos derosa ...






Adicionei à minha colecção, 

Da boca as que disse boas
E não digo já, a que valia
Por dois, das ouvidas da rua

jamais quero tê-las na 

Mesa, cabeceira da opinião
Generalista como prova
Que não sou louco

De fora pra dentro,

Prefiro as que substituem 
Pequenas impressões
Como seja dizer nada

Sendo o que me agrada

No crepúsculo a adição 
Do que é grande e fácil
De meter pelo pescoço

Adicionei à minha colecção

Certos segmentos
Sinónimos de bocas sorrindo
Senão flor,caule,

Será isso que estou sentindo

Na boca, as que disse
Boas, normal você não dizer
nada...




Jorge Santos (03/2016)

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Por uma outra ...









E eu deixei meus olhos 
Sobre a mesa, que são
Doze a contar do centro,
Os meus dedos que dizem

Quem sou não, pauso
A minh'alma na pele
E admito ter deixado
De morar em mim

E morro no que deixei 
Por entre os dedos,
Ou seja um amor inteiro
Por habitar, suponho

No centro que a mesa 
Tem, um céu doce...
Doze olhos meus
Que deixei no campo,

No entanto, a contar
Me perco e na pele 
Dos seios seus serei
Boca, Onde deixei

Meus olhos não ando,
Nem mando este 
Coração lá passar, 
passando no que sinto

Por uma outra,
Uma-outra-mesa
Ou tampo antigo
D'altar...







Jorge santos (0372016)







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Tudo o que pudesse ter sido eu não ...




Tudo o que pudesse ter sido eu não fui,
É preciso achar querer ser coisa
Alguma, para outra uma coisa ser sendo
Tudo o que quis foi aprender a ter
Uma coisa qualquer, um coração

Que foi e deixou de ser, tivesse-o
Antes de o pensar, tê-lo-ia esquecido
E procurar tê-lo antes de o achar
Duvido, se o fixar ou deixar abalar pra um
Qualquer lado, menos no meu peito

Que falta e ao encontro que o fez 
Parar ontem depois e amanhã ao meio-dia
Em ponto, tivesse eu posto relógio
No pulso, não o tivesse esquecido
Na cabeceira da cama, na mesa

Tudo o que ele tivesse sido, eu não fui
Ao encontro e perdi tudo quanto 
Me doi ter porque não tenho, nem coração
Nem peito, sou uma incompleta coisa
Nenhuma se alguma coisa fui

Foi pretexto, numa mão tinha o futuro,
Nas minhas duas lembro o então 
E o movimento com que moldo
E torço o peito ao tentar dar
Um nó solto ao fio com que falo,

Não ao que vai de mim tão pouco,
Entorto-me como uma colher
Tanto, não faz sentido o que teimo
Haver no fundo e colhê-lo não
Do covo, mas do cimo e da borda,

Deselegante o que tento dizer, 
Extingo o que se distingue ao apontar
Um dedo da mão que tudo vê
Surpreendente é o pouco que sinto
E esquecer no momento de prever

E ser ultrapassado pelo que quero 
Dizer ao atacador do sapato esquerdo,
O que eu sou ao tal adivinho bruxo,
Dando corda ao relógio de pulso,
Tudo o que pudesse ter sido eu não,

Sou uma rasa, incompleta coisa...



Jorge Santos (03/2016)
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Janela de sótão








Janela de sótão

Chove sim, Nada demais,
Aqui vivo dentro de mim,
Pois aí não chove, apenas
Adoço e colho a sensação que 

Ouço da janela, como uma
Súplica de quem chama
Assim por mim, sem querer
Coisa alguma, apenas chover

Certo, assim sem sossego
E sem parar,chove sim,
Nada mais que chuva, a chuva
Cai-me da mão, fria desolada

Cai no meu coração faz tempo,
Um conveniente vão abriga 
Minh'alma, ind'agora lá fora 
Chamava meu nome e chiava

O vento suplicando, agora 
O que ouço é apenas chuva,
Dessa que adoça ao chover 
A sensação de gostar tanto

De viver dentro do vão de
Sótão à janela, abrigado do
Vento que ind'agora chiava,
Chamava chamando p'lo

Meu nome e agora nada,
Ouço da janela apenas uma
Súplica lavada que clama
Assim solta, sem m'inspirar

Coisa alguma, apenas chover,
chover, chover mais nada...



Jorge santos (02/2016)
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Papagaio de cana, papel e gente





Pobre fera,

Aquele que ama
De verdade, sem saber,


Aquele não


Preparado pra morrer,

Como fera morre,


Fera cujo coração
Derrete quanto 
O céu arde,

Fera fiel ou mito,
Da garganta ao umbigo,
Maldição e sombras,

Pobre fera,
Onde se deita mora,
E toda gente que vai'bora,

Com medo da onça,
Feras de zoo,
Feras sem esperança,

Pobre fera,
Sou eu sem ser
Onça,

Papagaio de papel e fita,
Que se lança
No vento contra,

Obediente
Que nem fera mansa,
Fera de zoo, fera sem esperança

Papagaio de cana 
E papel
À onça meia e gente.





Jorge Santos (02/2016)

Não ser eu "toda-a-gente"












Não ser eu toda-a-parte, em toda a gente
Sentir bastante perante o que me comove
E o que é pasmo, não fazer eu parte maior
Do a seguir a mim, de um modo natural e leve
Quase como se fosse instituído por plena lei,

Congénita, a tranquilidade ter a orgânica
Lunar e desse mar o êxtase, a ambição doce 
De acariciar a erva alta fofa e as faces dóceis 
Em toda a parte e toda a gente nas breves
Coisas, essenciais ao que alma minha sofre

E sente igual a essa surpreendente gente 
Não sendo trás e frente tod'essa gente eu,
Faça o que faça pra que me não demova ter
Dos sentidos os extremos destes e o excesso
Próximo dos sentir passar como camião 

Desgovernado ou comboio de excessiva carga.
Não ter eu metade a que agrade a mim mais
Que à outra parte de gente de que faço fraca
Parte, não ser eu toda a gente e toda a parte
Que emociona os sentidos dessa alegria única.

A paixão de ter algo, é uma pipa sem fundo,
Ter sossego, é outra coisa e tem a ver
Com o fogo que herdámos da mãe Terra
E não do estômago que motiva a fome
E a miséria de querer tudo e mesmo

O que não empresta felicidade às rosas
E o perfume às açucenas de chão de terra,
Não ser eu toda-a-parte, em toda a gente
Sentir bastante perante o que me move,
E o que eu pasmo ...










Jorge santos (02/2016)






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O Santo sobrou









Santosobrou


Tento sobrar-me dia-a-dia 
Sonhando-me, mas não sei
Que sonho ter, em que sobre
Essa premissa d'eu ser o sonhar
Meu,

Acabarei por não passar disso,
julgando-me vivo num sonho,
Morto que mais vale nem outro
Sonho ter se do sonhar meio
Digo, cansei

Do'ver, símbolos onde existem
senão maus ladrilhos, despregados
Roubados da paroquia do Santo
Sonhar dos despertos supérfluos,
(O Santosobrou)

Tentei segurar-me dia-após-dia,
Ao corrimão da torre do relógio,
Como é lógico, pra quem quer 
Olhar olhos-nos-olhos a glória,
Sem chamar por ela. nomes feios,

O campanário é do tamanho certo 
Para ver-frente-a-frente, 
Hora-a-hora, o estranho que sou
Por ter, ao andar uma volta, um fuso,

-Ou por prometer ao sonhar novo uso
Do sonho e crê-lo sonho meu... 



Jorge Santos (02/2016)
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Coração de boi





Não tanto como me corrói 
A poesia por dentre outras
Dores como que doem como
Não sémen, mas areia

Da que corre nas veias
Com que me disfarço e faço 
Meu o prazer de sentir a
Vida em mim bem viva,

Tanto me corrói grão a grão
Bago a bago, bem
Dentro do coração boi
Q'inda trago ao peito

Embora inchado, 
Não tanto como doi,
Porque um coração,
Não doi nem parte,

Se fica no que estou
A sentir e no que senti,
Quando me aperta
Ele como se fosse

Uma outra mão,
Não quente, não minha, 
Mas dess'outro mundo,
Que corre e rói estas veias

D'veludo táctil ...


Jorge Santos (0272016)
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Encanto teu





Encanto teu, engano meu 
Úlcera, pus, com sorte terei podre
E comum raiz com o meu nariz
Torto, quanto mais do público

Tão lírico quanto apaixonado
Pela voz deles, branda e minha
A ideia de ser a fala desses
Em falta, qual sulipa de linha,

Férrea antes do descarrilamento
Do trem de ferro e lata cobre,
Engano o teu, te cresce a barriga
Do Conforto e no decote meu

Urtigas, Garopas e outros peixes
De menor importância, na saliva
Do meu cachaço de Hebreu
Herege,ateu diminuto do meu útero

Ulceroso falso, poesia com pus e
Melaço...



Jorge Santos (02/2016)
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Menor mundo






E eu deixei o ponto onde me digo,
Por outro monte de meu invento,
Cerca do sítio que na minha visita
Alcanço e consente a noção de voz,

Que tenho mal no queixo embutido,
Prezo o que contém dentro o hálito
Pouco esclarecedor, em todo’caso
Deixei o ponto onde me digo Molière

Do palco mais alto, nem por isso
Preciso anunciar que me mudo,
Com três pancadas redondas
No chão-palco do menor mundo

E sem enredos de mil e uma noite
Ou arrelias de actor bêbado, de 
novo e a cada sessão da peça.






Jorge Santos (02/2016)
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Inteiro e completo







Ainda que o ar me sufoque não
Ainda a coragem de enfrentar
O mundo, seja senão no sentir
Mais, maior e mais profundo,

Ainda que o sentir mate não
Aquele que o não tem nem
Sabe que perde em vida por quase
Não morrer da emoção de sentir

Mais, maior e frequente face aquele
Monógamo sujeito vão que respira
Embora mal, por abafar no coração
A coragem de dizer sinto, a tudo

E não ao tal sentir Humano total
De gentes em cores distintas e das
Dele, mesmo inté onde alcançar
A vista. Ainda que o mar em frente

Me baste não, hei de construir
Uma nave grande onde caibam 
Os sentimentos de todos quantos...
Partir e ir embora pra sempre,

Pra sempre cheio, inteiro e completo.











Jorge Santos (02/2016





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Continuarei ...




Continuarei a sentir sem coração nem veias,
Continuarei a ouvir o coração nas orelhas
Sem tê-las na cabeça, ambas e parelhas,
Continuarei faça o que faça pra acabar
O arder desta fogueira que arde sem queimar
E sem me acabe de vez o ardor que é viver
Sem ter o coração atrás da orelha bamba,
Nem ouvir meu respirar através da cabeça,
Sem nas dos outros todos encontrar o coração
Que me falta ou que não sinto, a meias como hoje,
Continuarei a sentir o preço preso ao colarinho,
Como um ritual colado no rosto prolongando
A parede branca do sentir que não tenho 
Nas veias, nem remédio pro que sou e sirvo,
A meias com todos em pensamentos e expressões
E no meu íntimo…

Grandes eram os tempos e os céus, gigantes.






Lembro bem de olhar o céu fixo e ficar contente
Era pequeno e brincava ao berlinde e ao pião
Fazia na areia castelos, fossos e o oceano pensava-o
Infinito como tudo do que era eu íntimo no verão

Como o céu de tom pastel e o meu tempo de menino
Contente por haver mundo e ver tudo que fosse
O lado bem do sonho, lembro também de olhar
No céu o limite e ter o tempo a durar pra sempre,

Parecendo grande, grande assim os meus desejos 
De menino contente por ser do pino do verão dono
E do céu o vigilante era eu das muitas estrelas
Que caíam na minha imaginação como os berlindes

E um pião, pião sem guita rodopiando como o mundo,
Inconsciente eu, dele e do meu rumo de gente
Grande, grandes eram os tempos e os céus gigantes ...
Lembro bem de olhar o céu e ficar contente



Jorge Santos (01/2016)
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Acto supremo






O acto supremo da simplicidade
É o ser capaz de sentir a natureza
Exaltar-se quando meia primavera,
Amadurecer no verão ,paliar

No Inverno o coração com o cetim
Dos sonhos pra o sentir tranquilo
No bocejo da seiva, simples como
Fui eu toda a vida e ainda as mãos

Dessa tranquilidade vêm salpicadas
De gotas e da idade, tento de facto
Sentir a natureza e quando estou
De bem comigo próprio as árvores

São o que ma faz parar para respirar
Grande e talvez o mar o luar e o vento
O facto supremo é o que faz a alma
Ao talento distar menor e isso acalma

Da natureza as folhas e a erva quanto
Mais a minha pele salpicada de gotas
De água de todas e das muitas fontes
Minhas e frias rios cenários decerto ilhas

Mil e estradas em Abril Maio Junho...




Jorge Santos (01/2016)
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Olhos conta-gotas





Olhos de conta-gotas

Colasse as gotas de onde as tiro,
Deixaria o mar de ser baixo tanto,
Mais do que mede aos olhos
Da gente, mesmo daquela miúda 
Que passa no cais e nem eu conheço,

Mas não diferente do mar en'frente,
Onde colo os olhos e conto as ondas
Todas...todas reconheço da cor,
O céu que fazia, quando no mar nasci
Eu,por isso do mar as tiro

Com conta gotas, plo prazer
De ter olhos da cor do mar-palheiro
E não o cinza d'ondas gordas,
Esse não cabe mais em mim dentro,
Nem no frasco caça-gotas,

Ou em qualquer eu inteiro...



Jorge Santos (01/2016)
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Donde venho





Donde venho, velho
Nem o tempo tenho
Tudo se renova e passa
Excepto o querer, o poder

E o Desejar ter, pudesse
O meu sentir perpétuo
Tornar-me para não me 
Sentir perdido aonde estou,

Sem o onde ou o ontem
Ou o engano do tempo
Que me confunde e mata,
Tudo o que valho, é sendo

Tudo o que sinto, nem mais
Nem menos que barata
Que não se deixa ver
Mas se persegue e pressente

No lixo e na lata bolorenta
Deste sentir semelhante 
A ferrugem ou a fuligem
Mas que mata igual

Ao ranço e à doença da velhice,
A esperança não alastra
Como o óleo e é pra mim
Um permanente mistério

A minha existência como ser
Pensante e donde venho,
Passando do tempo ao espaço
Tempo, lento ...


Jorge Santos (01/2016) .
http://namastibetpoems.blogspot.com


A missão dos céus




Chego onde hoje habito,
Por uma escada de ar e vento,
Sou ligado ao precipício,
Por uma missão que é ser visto

De todo e qualquer lado,
Menos d'onde estou,
Talvez por ser esse lugar
Medido plo ar que farejo,

E não plo dar em troca 
O que seria natural, 
- Maresia de mar e gaivota
A voar junto a falésia,

Chego por perto d'onde habito, 
Por uma escada de corda
E ferro, ao passar as nuvens 
Sinto o hálito de Deus no braço, 

Mas na verdade 
É confusão a coisa podre,
- Os dentes feios e meus 
Ligados à língua pela garganta

Oca ,não seria a troca justa
Nem humana ou então 
A missão, não era bem esta...



Joel Matos (01/2016)
http://joel-matos.blogspot.com

Chove







Chove "per si" como em mim em silêncio,
Quando tudo se esquece, isso é chover
E é silêncio por si só e uma sensação 
De esquecer que nos sossega, muda

Como se o chover fosse o que sinto,
Quando não tenho assunto pra sentir
Ou esta coisa que pesa nos sentidos
E é tudo e o mais que sinto e raras 

As que fujo, do sentir que a chuva traz
No bojo que até prefiro não despertar
Dum todo pro silencio que se aprende,
Não deste que me prende numa falsa

Mensagem de chuva, em silencio mudo
Que tudo me faz esquecer mas do modo
De sentir que uso, quando quero sentir
Vasto, quando visto os sentidos todos

Que tem o mundo, de baixo deste mundo.
Chove por si como em mim, em silêncio
E ouro, revela-me a outra margem, alcanço
E persigo essa sensação que sossega

O desejo de mais e mais sentir tudo
A bordo deste meu sentir sentido, cujo
Uso trago e trajo e calço e não mudo...



Jorge Santos (01/2016)
http://namastibetpoems.blogspot.com

tradutor

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