Tudo Tudo Tudo
Quanto roço se transforma em limo,
Faça o que faça, errei na farsa,
Se, até de mim me tornei sinónimo,
Fosso e palco de uma mesma peça.
Realço o facto de só continuar
Caminho por medo, daquele escuro,
Do lado escabroso, no ir,nã’voltar,
Da cova que, d’ver tremo e esconjuro.
Limei d’mil arestas, senti no casco
A rudeza do martelo e do maço
Só o facho, acarreto por engano
Numa daquelas vielas paralelas
Em que as moradas são, nem caiadas,
Nem, de vê-las, vi despertar meu sono.
Joel Matos
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