Da interpretação ao sonho

 




A interpretação do sonho,

O próprio sonho me castiga,
Com sensações supostas,
Opostas direções indicadas
A dedo, impondo-me vias,

Caminhos que não pretendo
Seguir porque não, apenas
Porque cansei de ser esse
Misto de concreto e oposto

Certo o que se esconde,
Incerto o que se mostra,
O próprio sonho tem’quartos
Estranhos, nem abertos

Nem fechados, depende
Do lado pra que se olhe
Ou da janela que s’encontre
Aberta à brisa da tarde,

Não paro de tentar perceber
Assim como cego plo ruído
Que só ele vê ou se plo futuro
Por escrever do vidente bruxo,

Suposto era eu ser no sonho,
Oculto príncipe, assumo-me
Espírita cuja espírito não é meu
Mas doutro que me murmura

Haver céu acima e sonho que
Me mente, ou serei d’mentira, eu
Irreal in/verdadeiro, impermanente.

Jorge Santos 21 Novembro 20/25

https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
https://joel-matos.blogspot.com

1 comentário:

namastibet disse...

Obrigado por apreciarem a leitura (embora em segredo) :)

tradutor

center>

Arquivo do blogue