Aparente é o tempo meu
Em tudo quanto morrendo
Não morre, fica e me prende
De incerteza e na ausência
De plateia sindica, ansioso
Perante a audiência, eu
A quem o tempo pesa
A fadiga e adia a morte
Aparente do fuso tempo,
Que não morre, prende
E de soslaio me fita...
Milito gestos e anúncios
Do meu desempenho
De humano infecundo,
O mundo é porventura
Só um mundo e acaso
Haja outro, não tem
Importância nem me
É útil a mesmíssima sorte...
Aparente é o meu tempo
Mil, montando palavras
Em escadote e escalas,
Nomes em saldo, incluo
Nada meu nem aprendo
O mecanismo do aparente
Tempo...fujo.
Jorge Santos (03/09/2015)
http://namastibetpoems.blogspot.com