Há os que …




Há os que …

Aos que escrevem largo e por extenso
Como manifestação de grandeza final,
Aos que pensam como
Que a alma derramando sangue,
E dizem como que
Respirando fundo e em bruto
O nome completo dos monstros
Que ressuscitaram depois das três guerras únicas,
Aos que descrevem a razão
Que lhes corrói, farpas rasgando
As entranhas como se tivessem ácido
Vertendo
Da alma nas guelras estranhas,
Aos que se erguem no topo dos montes 
Nada lhes resta por cima, nem o rosto do padre nosso
E nem o murmúrio apagado do vale
De uma fonte quase seca,
Lhes fará lembrar concerteza os seus outrora
Baraços de vime e veias
Da comum gente de
Vida curta, fútil afinal …
Há os que vitoria exibem 
Como fazendo parte dos seixos da praia
Do desembarque,
E os que dos grãos de areia
Fazem parte tal como da espuma
O som da água quando se parte
E acresce o mundo em terra firme,
Aos que escrevem grande,
Amanhã lhes direi do que fui
Do que sinto, do que tenho entre
Mim e o espírito a crédito ou conta corrente…
Há os que choram na hora da partida.

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tradutor

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