Pára de perguntar como me sinto,
Me sinto tal qual outro dia, mal e dividido,
Igual ou totalmente parecido a ontem,
Minto simplesmente não totalmente,
Ponho de parte tudo que é ruim e não,
Tudo o que dói e destrói, sinto o quanto
Basta pra viver sem aqui estar demasiado,
Entre o coto e a mão, esse é o meu estado,
Pára de perguntar como me sinto, preso
Sinto-me como o meu pior inimigo, Deus
Da desesperança, capataz dos exilados excluídos
Dos que não vêm o mar nem o têm no ouvido,
Eu não o sinto embora ele viva em mim, duvido
Dos búzios sim, da maresia, do divino sol,
Pára de perguntar como me sinto, mal,
Preso na amargura de algum Rei, morto Rei.
Jorge Santos (10/2017)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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